segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Sorte? Azar?


Ontem tive um dia especialmente diferente. Foi um dia de “pausa”, de recordar, de redescobrir, de partilhar, de aprender, de reencontrar, de alento, de crescimento.
Foram várias as coisas que aprendi. Destaco, no entanto, apenas algumas que considero importantes sublinhar pois, de algum modo, podem ajudar-me [nos] a encarar a vida de uma maneira diferente.
Aprendi que um Cristão não tem sorte ou azar … Ousaria estender o âmbito desta frase e diria que ninguém se deve prender ou acomodar a momentos que julga de sorte ou de azar. Ao invés, encarar todos os momentos como oportunidades de crescimento. Libertar das emoções passageiras. Pensar e confiar que aquilo que hoje é mau ou menos bom, amanhã, talvez, seja útil, menos mau, melhor, fonte de amadurecimento.
De facto, todos temos momentos difíceis. Caminhos mais longos, mais duros que outros. Todos caímos. Todavia, a diferença está na maneira como encaramos a vida, a atitude que assumimos diante das coisas. Podemos encolher, diminuir e desistir. Ou reerguer, sorrir e continuar com mais força e ânimo. É esta atitude que faz da nossa vida uma vida melhor ou pior e não as circunstâncias externas, que não controlamos.
Por vezes, confundimos circunstâncias adversas com o sentir/estar mal e momentos mais fáceis com o sentir/estar bem. Errado. Quem sabe, procurar este discernimento possa ser um exercício interessante para nos ajudar a viver a vida com uma outra atitude e a alargar o nosso sorriso.
A mesma pessoa contava, em jeito de metáfora, que às vezes precisamos de «ser como a terra»: é preciso cavar, abrir buracos, para depois encher com coisas novas, que com o tempo vão crescer, brotar e dar frutos.
Termino este momento de pausa com uma frase do poeta António Aleixo:
“Olhar por fora é coisa fácil e vão/ Olhar por dentro é que as coisas são.”

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