quinta-feira, 16 de junho de 2005

ARRASTÃO

Deputada Ana Drago(Bloco de Esquerda) acusa CDS/PP de atitude de direita populista, xenófoba e racista depois dos comentários de Nuno Melo na Assembleia da República.

O deputado Nuno Melo do CDS/PP decidiu levar à Assembleia da República a questão do "Arrastão" que se verificou, a semana passada, na praia de Carcavelos. O mesmo afirmou que deveria ser revista a idade até à qual os jovens são inimputáveis, censurando, obviamente, as agressões físicas e verbais que passaram impunes. As reacções de outros partidos, com destaque para a deputada Ana Drago, foram no sentido de acusar o deputado Nuno Melo de xenofobia e racismo, associando mesmo o seu discurso aos propósitos da manifestação de extrema direita que se realizará no proximo Sábado. Este respondeu obviamente com surpresa, pelo facto de o acusarem de racismo só porque abordou um tema em que os indivíduos envolvidos eram de uma raça ou étnia diferente.
Ridícula, mais uma vez, a intervenção da deputada do Bloco de Esquerda.

Retrocesso no desenvolvimento económico português

A notícia é do Semanário Económico, "Eurostat confirma um retrocesso no desenvolvimento económico português", segundo a qual o Eurostat confirma que o rendimento dos portugueses voltou ao nível de há dez anos atrás. Foram portanto 10 anos, cerca de 15% do tempo de vida dos portugueses, "deitados fora" em resultado das políticas dos três últimos governos.
O nosso rendimento per capita, verificado em 2004, é assim equivalente a 73% da média dos 25 parceiros da União Europeia, valor identico ao registado em 1995. Segundo a mesma notícia, os melhores desempenhos foram os do Luxemburgo e da Irlanda. Espanha e a Grécia, habituais "companheiros" nestas "andanças", também registaram evoluções positivas e estão a convergir para a média dos 25.
A generalidade da crítica aponta o dedo à falta de reformas estruturais, culpa das governações anteriores, com especial destaque para o período de governação do Eng.António Guterres que decidiu relegar o crescimento para segundo plano, não apostando na competitividade e na produtividade, logo num período em que o ciclo económico era favorável.
Não houve consciência política para as políticas de sustentabilidade... mas concerteza houve sim lugar às habituais políticas eleitoralistas...

...mais valores a pesar nos ombros do actual Governo Socialista!

NÚMEROS

Números do Governo, quando se fala em estabilidade....

  • 11 empresas de capitais públicos tiveram mudanças nos conselhos de administração, sendo que três estão à espera de nomeações para a administração;
  • 15 administrações de empresas e institutos públicos já mudadas pelo Governo;
  • 49 pessoas foram directamente nomedas por José Sócrates, que lidera o ranking;
  • 50 gestores já entraram para empresas controladas ou participadas pelo Estado e institutos mais ligados a actividades empresariais;
  • 112 pessoas indicadas pelo gabinete do ministro das finanças e pelos secretários de Estado;
  • 177 assessores/colaboradores/consultores já foram nomeados, pelo que 18 pertencem a Sócrates;
  • 249 auxiliares administrativos que apoiam os membros do Executivo;
  • 866 pessoas nomeadas para membros dos gabinetes deste Governo, salvaguardando que apenas num caso é que o despacho de nomeação continha o respectivo currículo;
  • 1094 nomeações, em dois meses em meio;

Feitas as contas são 12,7 nomeações por dia.

Conclusões:

  • ... cada um tirará clara e facilmente a sua!

(Dados do Jornal de Negócios, publicados no dia 14 Junho de 2005)

sexta-feira, 10 de junho de 2005

10 de Junho: DIA DE PORTUGAL

10 de Junho, dia de Portugal e não dos governantes portugueses.....

Apercebi-me que determinadas mentes ignaras tiveram a infeliz e ingrata ideia de sugerir que colocássemos, neste dia, bandeiras pretas nas nossas janelas!
Queria lembrar a esta “gente” de pensamentos parcos que hoje é O DIA DE PORTUGAL (por muito que isto lhes seja estranho) e, embora este não se encontre nada bem, não deixa de ser o nosso país, a terra que nos viu nascer!
É triste ver este tipo de atitudes, diria mesmo que chego a ter “pena” desta gente, tendo em conta que deve ser amargo sentir-se desenraizado, ser-se um povo nómada, sem-terra… Todavia, já é inadmissível e revoltante permitir que estas pessoas invadam as nossas casas, através da televisão, com este tipo de atitudes e disposições.
Todos os dias ouvimos dizer que o Portugal é isto, que Portugal é aquilo, que os portugueses são os últimos em todas as sondagens.... Basta! Parece que nos querem inculcar que somos maus, péssimos, que nada sabemos fazer... A humildade é um sentimento nobre e altruísta mas isto não é humildade, é ingratidão e desprezo por aquilo que somos como povo e como nação. Onde está o orgulho de ser português, onde está o sentir nacional?
Não quero com estas palavras insinuar que somos os melhores e que o nosso país está orgulhosamente bem e que nada precisa de ser resolvido! Não! Entendo, bem pelo contrário, que há muito para fazer, no entanto, o caminho que se tem seguido (o da derrota a priori) não é o melhor, muito menos o mais correcto e sensato.
A melhor forma de demonstrarmos que estamos mal e, por conseguinte, descontentes é agindo, com orgulho e afecto, trabalhando, modificando o que está errado, completando o que se encontra inacabado. As atitudes medíocres e cobardes de apontar o dedo e criticar são fáceis, porém, a coragem de mudar, de abandonar este laxismo, este espírito passivo de derrotados é bem mais difícil...
É imperioso reagir! É fundamental honrar os nossos antepassados, a nossa história, aqueles que, com esforço, amor e coragem, nos deram este pedaço de terra, tornando-o numa nação livre e independente! É preciso seguir o exemplo de muitos outros que, amando Portugal, muito fizeram para o engrandecer!
Se Portugal está mal, se chegou ao estado "cinzento" em que hoje se encontra é, essencialmente, devido a estes sentimentos derrotistas que diariamente nos transmitem e criam, em muitos de nós, uma consciência errada de que nada ou quase nada se poderá fazer porque
somos, à partida, uns incapazes.
Hoje também é dia de CAMÕES e, por isso, finalizo com esta frase d’Os Lusíadas, na qual nos devíamos debruçar e inspirar: "E aqueles que por obras valorosas se vão da lei da morte libertando"!

domingo, 5 de junho de 2005

Um "Monstro" chamado Défice!!

Desde que o Governador do Banco de Portugal, Vitor Constâncio, falou aos portugueses sobre o estado das nossas finanças públicas, esse "monstro" que é o défice, passou a preocupar tudo e todos.
O valor apresentado, 6,83%(do PIB), é dramático, no entanto, foi apresentado nestes termos precisamente para chocar os portugueses e assim "calçar" as medidas impopulares, e nada típicas dos governos socialistas, que o nosso primeiro-ministro, José Socrates, já apresentou e às quais outras irá certamente juntar brevemente.
Ora, este valor tem como critério assumir que nada iria ser feito até ao final do ano para combater esta situação e, por outro lado, assenta em pressupostos que não estão sequer previstos no Orçamento de Estado, que brevemente será inclusive rectificado!
A consciencialização de que "todos temos que pagar o défice" é realmente necessária e José Sócrates conseguiu essa proeza sem diminuir a sua popularidade, mesmo depois de apresentar medidas nomeadamente ao nivel do IVA, segundo um estudo apresentado no Jornal Expresso. As medidas apresentadas pelo nosso primeiro-ministro visam "engordar" as nossas receitas em largos milhões de Euros, o que permitirá amenizar o desfazamento em relação aos valores de convergência definidos no Pacto de Estabilidade e Crescimento, mas será que nestas medidas residem as soluções para o problema das nossas Finanças Públicas? A resposta é obviamente não, até porque esta política orçamental restritiva trará um menor crescimento económico, assim como, um consequente menor desenvolvimento. Todavia, verdade é que as medidas apresentadas são realmente necessárias no curto prazo, uma vez que é fácil de prever que o Banco Central Europeu não será tão flexível como foi com a França, a Alemanha e a Grécia em 2002.
Em relação às medidas de carácter estrutural, que esperemos que sejam apresentadas até ao final do ano, o principal problema a combater parece ser o da nossa Função Pública e o peso do Estado na economia. Se fizermos uma análise comparativa dos valores do peso do Estado na economia em Portugal e nos restantes países da União Europeia, vamos ver que os valores são bastante idênticos, porém, esta realidade não é obstante do facto de, comparativamente com esses países, Portugal ter apresentado sucessivos níveis de crescimento económico muito abaixo dos apresentados pelos mesmos.
Com efeito, as mentes ávidas mais à esquerda, dirão que "se está a atentar outra vez contra os direitos dos funcionários públicos" e que o "Estado tem que assumir um papel importante na economia do país" todavia, a questão é que a realidade não nos permite viver assentes nas utopias que alimentam essas mesmas mentes...

...haja coragem!!!