Depois das queimadas as chuvas
Fazem as plantas vir à tona
Labaredas vegetais e vulcânicas
Verdes como o fogo
Rapidamente descem em crateras concisas
E seiva
E derramam o perfume como lava
E se quiséssemos queimar animais de grande porte
Eles não regressariam. Mas a morte
Das plantas é sua infância
Nova. Os caules levantam-se
Cheios de crias recentes
Também os corações dos homens ardem
Bebem vinho, leite e água e não apagam
O amor[Daniel Faria]
segunda-feira, 14 de abril de 2008
[Momento Intimista]
Publicada por Sónia Monteiro à(s) 3:59 da tarde
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