terça-feira, 13 de setembro de 2005

MEDIDAS NA GAVETA....

" O sistema de empréstimo de manuais escolares, adoptado pela ex-ministra da Educação Maria do Carmo Seabra e revogado pela actual titular da pasta, não conheceu, ainda, um modelo substituto que alivie o esforço financeiro pedido às famílias todos os anos...
A ideia da anterior equipa do Ministério da Educação era que os livros fossem entregues pelos alunos nas escolas, no final do ano lectivo, num sistema de troca. Os manuais entregues seriam trocados pelos do ano lectivo seguinte, entretanto deixados pelos alunos desse ano..."

JORNAL DE NOTÍCIAS, 11 DE SETEMBRO

Seria um sistema muito interessnte para pôr em prática no 1.º ciclo pois as crianças aprenderiam , desde pequenas, a respeitar e a preservar os livros e, para além disso, permitiria incutir valores de solidariedade entre os colegas de escola. Só que este sistema não está isento de críticas, principalmente das críticas das editoras. E pelos vistos para esta Ministra as critícas das editoras são mais «importantes» que as dos encarregados de educação...

5 comentários:

Pedro Teles disse...

Cara SPSM:

Diz que a posição das editoras parece ser mais forte que a dos encarregados de educação. Contudo permita-me que diga o seguinte:
A medida da ex-ministra parece ser na sua essência uma medida basntante interessante, mas, e há sempre um mas, é preciso que haja meios de implementar essa mesma medida. Para começar seria necessário mudar a mentalidade das editoras que fazem livros onde se tem de escrever, onde é preciso completar espaços. Onde se dão respostas. Enquanto assim for é impossível que os livros sirvam de um ano para o outro, pois mesmo que se apague o que escreveu ficará sempre a marca.
Depois seria preciso que os livros não mudassem todos os anos, o que também é uma realidade.
Daqui só me resta, por muito que considere interessante a medida da ex-ministra, mostrar a minha solidariedade para com a decisão da actual ministra da educação.

Sónia Monteiro disse...

Uma solidariedade partidária... porque de outro modo não vejo a dificuldade de de dizer aos alunos que não se pode escrever nos livros (ou nunca teve nenhum professor que lhe dissesse isso, caro PT?) ou indicar às editoras que usem os espaços que os alunos tinham, anteriormente, para responder, para ensinar mais e melhor...

Pedro Teles disse...

Não é uma questão de solidariadade partidária, tanto pelo que eu sei, nem eu nem a senhora ministra somos filiados em partidos políticos.
Quantas vezes lhe disseram a si, cara SPSM, para que não escrevesse nos livros e quantas vezes o cumpriu?E já agora acha mesmo que as editoras acabariam, por mera indicação do governo, com o espaço de escrita nos livros?Penso que não. Tal situação teria que ser imposta por lei. E que ministro tomaria essa decisão? A ex-ministra santanete de certo que não a tomou. Esperemos pa ver quem a vai tomar.

Sónia Monteiro disse...

Caro PT, resta-me dizer que são medidas que ficam na gaveta, quando poderiam ser mais úteis se houvesse alguém que realmente estivesse disposto a mudar... E basta de leis... Não acho que seja necessário qualquer lei para impor aos miúdos que não escrevam nos livros! Há muitas outras formas muito menos burocráticas!!

Pedro Teles disse...

SPSM, não seja demagógica! Claro que há outras formas de se conseguir não escrever nos livros, não foi isso que eu disse.
O que eu disse foi que só o governo pode impedir a existência de espaços onde se pode escrever. Enquanto esses espaços existirem vai-se continuar a escrever nos livros.
E já agora, cara spsm, não será esta medida (empréstimo de livros) uma forma de impedir a igualdade de oportunidades? Ou também julga que os livros só devrão ser propriedade de uns poucos, aquilo a que muitos gostam de chamar de elite?