Cavaco Silva Candidato à Presidência da república
Ex-primeiro-ministro é o quinto nome confirmado na corrida a Belém
Cavaco Silva confirmou esta noite a candidatura à Presidência da República, numa declaração pública no Centro Cultural de Belém, em Lisboa. O ex-primeiro-ministro é o quinto nome a oficializar a entrada na corrida a Belém. No seu discurso, apresentou-se como "um homem livre" candidato "por um imperativo de consciência", anunciando a suspensão da filiação no PSD.
"Depois de uma cuidada ponderação, decidi candidatar-me à Presidência da República. Confesso que não foi uma decisão fácil. Faço-o por um imperativo de consciência", iniciou assim Cavaco Silva o seu discurso.Descrevendo em seguida um cenário de “descrença e de pessimismo” nacional o ex-primeiro-ministro considerou: “Não podemos resignar-nos a esta situação. Eu não me resigno”.“Temos de restabelecer a confiança, mobilizar as energias nacionais e reencontrar o caminho do desenvolvimento equitativo. Sei que isso é possível. As capacidades dos portugueses, já demonstradas noutras ocasiões, são uma garantia de que podemos vencer, esta foi uma razão determinante da minha decisão”, explicou. “Em Março do ano passado, numa entrevista na televisão afirmei que só admitia candidatar-me à Presidência da República em circunstâncias especiais ligadas ao futuro do país. Foi o que aconteceu. Sei que, na Presidência da República, posso ser um factor de confiança e credibilidade”, acrescentou. Cavaco enumerou ainda quatro razões que disse qualificarem-no para ocupar o cargo de Chefe de Estado. Em primeiro lugar, apontou a seu conhecimento “da realidade portuguesa”, para depois salientar como segundo argumento o conhecimento “do quadro internacional em que Portugal se insere”. A terceira razão evocada foi a “experiência da vida política nacional e internacional” que adquiriu durante os anos em que chefiou o Executivo para depois explicar uma última motivação: "fazer tudo o que estiver ao meu alcance para que gerações mais novas, os nossos jovens, recebem, não a pesada herança que lhes dificulte a vida, mas uma janela de oportunidades de progresso”.Cacavo Silva salientou ainda a diversidade dos apelos que recebeu para dar o passo que hoje anunciou, que considera um dever de "consciência".“É meu dever de consciência disponibilizar-me para regressar à vida pública e candidatar-me à Presidência da República”, afirmou o ex-chefe de Governo, garantindo: “Não me candidato para satisfazer uma ambição pessoal. Candidato-me porque tenho orgulho em ser português e não me resigno pelo actual estado de coisas”. Cavaco Silva demarcou ainda a sua candidatura de qualquer cor partidária. “Para que não restem dúvidas quanto à minha independência, pedi a suspensão da filiação no PSD”, anunciou, sublinhando que a sua "candidatura é estritamente pessoal. Independente de toda e qualquer estratégia de estrutura partidária." "Candidato-me como um homem livre”, disse.
in "O Público"
domingo, 23 de outubro de 2005
FINALMENTE ... UM CANDIDATO!!!
Publicada por HMAG à(s) 6:29 da tarde
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4 comentários:
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Candidato???
cavaco? candidato?
Devia era ter vergonha pelo monstro (Défice) que nos deixou!!!
Tamos a factura de decisões mal tomadas...
segundo ele "há 400 mil desempregados", é pena não considerar 100 mil desempregados como pessoas!!!
mas é tipico de pessoas de direita esquecer-se dos mais desfavorecidos!!!
continuem, pois é graças a gente como voçês que em portugal os 10 mais ricos ganham mais que os 2 milhoes de reformados e pensionistas que existem no nosso país....
É tão fácil criticar.
Gostava de saber o que fez o caro anómimo para mudar a situação. E todos os outros anónimos que insistentemente se queixam do poder instituído, seja ele de direita ou de esquerda, seja capitalista de convicção, seja socialista enquanto houver dinheiro. Se queixas pagassem dívidas e o português pagasse impostos, tínhamos superavite nas contas públicas.
Não fazemos mais que nos queixar, que invejar quem tem mais que nós. Não fazemos mais que criticar o rico, o burlão, e ao mesmo tempo procurar a primeira forma de ter mais sem fazer por isso, ou fazer menos para ter o mesmo.
Não é um Governo, seja ele composto por quem for, que vai resolver os problemas do país. Muito menos o será um Chefe de Estado. São as pessoas. Insistimos em ser o mínimo necessário no que fazemos, em procurar sempre estar na média da Europa quando esta desce, e não superá-la quando sobe.
Invejamos os nórdicos porque têm os melhores e mais sistemas de saúde e ensino do mundo, exigindo as mesmas condições ao governo, mas esquecemo-nos que têm cargas tributárias que chegam ao dobro das nossas e que, sobretudo isto, para eles é um orgulho pagar impostos, e ver a sua máquina funcionar. Lá, é certo, os pensionistas e reformados recebem mais, têm condições e são ajudados. E não é só porque contribuíram a vida inteira, mas porque TODA a gente o faz. Lá, pode falar-se em benefícios sociais e política "de esquerda" mesmo que o governo seja de direita, porque na altura de dar ninguém se esquece.
Então, realmente, Cavaco Silva não é candidato. Mas também ninguém o é, se continuarmos à espera de um S. Sebastião para nos salvar.
Cumprimentos.
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