A palavra "EUTANÁSIA" é composta por duas palavras gregas ― eu e thanatos ― e significa, literalmente, "uma boa morte".
O verdadeiro sentido da palavra eutanásia, e aquele a que me quero referir neste post, assume-se como: o termo intencional da vida de uma pessoa que deseja morrer. A eutanásia é activa (implica sempre um acto) e duplamente voluntária, uma vez que quer o médico, quer o doente agem voluntariamente.
Aqueles que defendem a admissibilidade moral da eutanásia apresentam como principais razões a seu favor a misericórdia para com pacientes que sofrem de doenças para as quais não há esperança e que provocam grande sofrimento, assim como, o respeito pela autonomia.
Os preceitos de Hipócrates continuam a valer na nossa sociedade, os médicos continuam a ter como principal dever a protecção e preservação da vida de um paciente. Se a eutanásia for aceite, os deveres dos médicos e outros profissionais de saúde terão de mudar, assim como toda a “tradição hipocrática”, e estes passarão a ter, conjuntamente, a tarefa de causar a morte. De maneira alguma, a autonomia da vontade do paciente se poderá sobrepor ou impor aos valores, deveres e à própria vontade de um médico. Neste sentido, o argumento relativo ao “ respeito pela autonomia” cai por terra.
Relativamente ao sofrimento que as dores causam no doente, é importante não confundir dignidade com qualidade de vida. O facto de estarmos doentes não retira qualquer dignidade à vida de um ser humano. A vida é um bem de extrema importância e deve ser salvaguardado a todos os níveis.
Os cuidados paliativos são a forma civilizada de atender os doentes terminais, ao contrário da eutanásia. Esta consiste em olhar para a vida de uma forma utilitária, com base numa concepção egoísta e em critérios apenas económicos: se uma vida não é útil, se não é produtiva, se não proporciona todo o prazer (# felicidade), então não tem razão de ser.
Nas unidades de cuidados paliativos proporciona-se uma atenção integral ao doente terminal, com o único objectivo de melhorar a qualidade da sua vida, atendendo às suas necessidades físicas e psíquicas. As necessidades físicas advêm, sobretudo, da dor. Com tratamento adequado pode-se chegar a controlar cerca de 95% da dor…Todavia, é mais barato «matar» o doente que aplicar-lhe a “medicina paliativa”.
O legislador português entende que a eutanásia, no seu sentido directo e activo, constitui um crime punível a título de homicídio a pedido da vítima. Constata-se que não há unanimidade dentro dos ordenamentos jurídicos da União Europeia no que se refere à questão da admissibilidade da eutanásia. No entanto, a insegurança jurídica que subjaz a esta prática deveria ser suficiente para que em todos os países, sobretudo os da UE, se considerasse a eutanásia um acto criminoso. A insegurança jurídica de que falo é grave e tem a ver com três aspectos: possibilidade de erro no diagnóstico e tratamento da doença; o conceito “sofrimento intolerável” é extremamente vago para ser medida de um acto como a eutanásia; e, por último, é muito difícil determinar a validade do consentimento do doente.
De facto, e em jeito de conclusão, a defesa da eutanásia não passa de uma atitude exageradamente egoísta e individualista. E o que me surpreende é que são os partidos de Esquerda, que supostamente rejeitam o individualismo e apelam à colectividade e ao bem comum, que a pretendem legalizar.
Aqueles que defendem a admissibilidade moral da eutanásia apresentam como principais razões a seu favor a misericórdia para com pacientes que sofrem de doenças para as quais não há esperança e que provocam grande sofrimento, assim como, o respeito pela autonomia.
Os preceitos de Hipócrates continuam a valer na nossa sociedade, os médicos continuam a ter como principal dever a protecção e preservação da vida de um paciente. Se a eutanásia for aceite, os deveres dos médicos e outros profissionais de saúde terão de mudar, assim como toda a “tradição hipocrática”, e estes passarão a ter, conjuntamente, a tarefa de causar a morte. De maneira alguma, a autonomia da vontade do paciente se poderá sobrepor ou impor aos valores, deveres e à própria vontade de um médico. Neste sentido, o argumento relativo ao “ respeito pela autonomia” cai por terra.
Relativamente ao sofrimento que as dores causam no doente, é importante não confundir dignidade com qualidade de vida. O facto de estarmos doentes não retira qualquer dignidade à vida de um ser humano. A vida é um bem de extrema importância e deve ser salvaguardado a todos os níveis.
Os cuidados paliativos são a forma civilizada de atender os doentes terminais, ao contrário da eutanásia. Esta consiste em olhar para a vida de uma forma utilitária, com base numa concepção egoísta e em critérios apenas económicos: se uma vida não é útil, se não é produtiva, se não proporciona todo o prazer (# felicidade), então não tem razão de ser.
Nas unidades de cuidados paliativos proporciona-se uma atenção integral ao doente terminal, com o único objectivo de melhorar a qualidade da sua vida, atendendo às suas necessidades físicas e psíquicas. As necessidades físicas advêm, sobretudo, da dor. Com tratamento adequado pode-se chegar a controlar cerca de 95% da dor…Todavia, é mais barato «matar» o doente que aplicar-lhe a “medicina paliativa”.
O legislador português entende que a eutanásia, no seu sentido directo e activo, constitui um crime punível a título de homicídio a pedido da vítima. Constata-se que não há unanimidade dentro dos ordenamentos jurídicos da União Europeia no que se refere à questão da admissibilidade da eutanásia. No entanto, a insegurança jurídica que subjaz a esta prática deveria ser suficiente para que em todos os países, sobretudo os da UE, se considerasse a eutanásia um acto criminoso. A insegurança jurídica de que falo é grave e tem a ver com três aspectos: possibilidade de erro no diagnóstico e tratamento da doença; o conceito “sofrimento intolerável” é extremamente vago para ser medida de um acto como a eutanásia; e, por último, é muito difícil determinar a validade do consentimento do doente.
De facto, e em jeito de conclusão, a defesa da eutanásia não passa de uma atitude exageradamente egoísta e individualista. E o que me surpreende é que são os partidos de Esquerda, que supostamente rejeitam o individualismo e apelam à colectividade e ao bem comum, que a pretendem legalizar.
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