segunda-feira, 8 de maio de 2006

[Incoêrencias governativas...]

Governo quer penalizar casais sem filhos
E O ABORTO? Dentro de uma política COERENTE, a posição que o Governo deveria adoptar parece óbvia. No entanto, talvez, neste assunto, a natalidade não seja assim tão prioritária!

13 comentários:

de la Serna disse...

A ver se não se confunde alhos com bugalhos

João Ferreira Leite disse...

Amiga,
Falácia e sofisma são figuras que conhecerá muito bem, certamente.
Perante o problema que vai atingir-nos a todos - a si também - acredito que tem argumentação com fundamentos bem mais alicerçados sem precisar de recorrer a estes jogos florais.
Que são de digestão imediata mas não resistem a um antiácido de 1ª geração.
Fique bem.

Anónimo disse...

Penso que não será de modo algum correcto agregar dois temas tão distintos e como dizia o meu colega "misturar alhos com bugalhos"! Quando o Governo recorre à promoção de incentivos para aquelas famílias que tenham mais do que um filho, procura aplicar uma medida que já foi muito bem sucedida noutros países (veja-se o caso da França) e que não tem senão dois objectivos últimos: aumentar a natalidade e garantir que de futuro a força de trabalho seja em maior número e consiga "descontar" o suficiente para pagar as reformas daqueles que na altura o estarão a fazer! Ou seja, procura matar um vitelo que neste momento ainda é pequeno mas que vai crescer...No entanto, há que ter em conta que tal como na França o sistema da SS está quase à beira do colapso...
Quanto à questão do aborto, para além de se tratar de uma promessa eleitoral, representa uma área na qual, infelizmente, o nosso país se encontra ainda bastante atrasado face às outras nações! Dizemo-nos livres e "senhores do nosso nariz" e nem mesmo decidir o destino de algo que fomos nós a criar podemos fazer? É duro encarar a realidade dessa forma, e muitas são as vozes e argumentações em contrário mas esta é a pura verdade...

Cumprimentos

P.S.: Seja mais construtiva quando escreve, senão de outra forma pensaremos que lança as questões apenas e só para criar polémica e base de discussão...

Eins disse...

Sónia, eu sou frontalmente contra a despenalização da interrupção voluntária da gravidez (e em relação a esta matéria penso que apenas uma revisão das excepções fosse suficiente), e se vivesse na China ou na Índia, seria contra uma medida de promoção da natalidade como a que referes... Para ser coerente deveria aceitar a despenalização do aborto na China porque lá nasce gente a mais?

Foi, de facto, uma associação infeliz...

Pedro Teles disse...

Visto que ja todos comentaram, de forma tão brilhante, esta infeliz associação, nada me resta a dizer.

Sónia Monteiro disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Sónia Monteiro disse...

A minha posição parece óbvia:
da mesma forma que o governo, e bem, procura criar incentivos a uma política de natalidade; numa linha coerente, seria para mim também sensato que, no mínimo, não apoiasse ou promovesse uma total despenalização do aborto?!

Peço desculpa se não fui clara!!! Mas quer na penalização dos casais sem filhos, quer no Aborto estão em jogo, também e para mim, questões de natalidade!

Sónia Monteiro disse...

Não caro Eins, não deverias porque o Aborto é questão que mexe com políticas de natalidade mas não só! E "esse não só" comporta razões suficientes para dizeres que não à despenalização!

Eins disse...

Não, o aborto não é uma questão que implique a definição de uma linha política no que respeita à natalidade. Sónia, um casal que pratique o aborto vai estar a prejudicar-se de acordo com esta política que o governo propõe. Esta situação elimina as repercussões que o aborto possa ter no que respeita à natalidade. No resto, a despenalização do aborto é uma questão de princípios e valores morais, com os quais discordo. No entanto não confundo as coisas. As duas medidas podem coexistir perfeita e coerentemente.

Anónimo disse...

Aborto e Natalidade no mesmo barco...e daqui a bocade sempre que mistura-se a mortalidade nos hospitais com os homicídio não? E quanto ao aborto, só somos contra a despenalização enquanto não nos acontecer nos outros...é como diz a minha avó: "Pimenta no cu dos outros é frescura!". Olhem que a minha avó sabe umas coisas :P * peace

Kordny disse...

Aborto e Natalidade no mesmo barco...e daqui a bocado mistura-se a mortalidade nos hospitais com os homicídios não? E quanto ao aborto, só somos contra a despenalização enquanto não nos acontecer a nós...é como diz a minha avó: "Pimenta no cu dos outros é frescura!". Olhem que a minha avó sabe umas coisas :P * peace

Eins disse...

Kordny... se esses são os teus princípios, eu não tenho culpa.

Anónimo disse...

"da mesma forma que o governo, e bem, procura criar incentivos a uma política de natalidade; numa linha coerente, seria para mim também sensato que, no mínimo, não apoiasse ou promovesse uma total despenalização do aborto?!"

Seguindo o mesmo raciocinio, numa altura em que o governo tanto se preocupa com a sustentabilidade da seguranca social, faz sentido reduzir as penas dos homicidas (especialmente quando as vitimas nao descontam para o sistema de seguranca de social)