terça-feira, 4 de abril de 2006

Propaganda ou «Espalhafato»?!

Uma análise isenta e clara de António Barreto:

  • "Devo dizer que, entre as longas listas publicadas, há numerosos itens que me agrada. Se forem postos em prática, agradeço e fico satisfeito. (...) Se o Governo tiver persistência e sabedoria, se não ceder nem recuar, como já fez com os Governadores Civis..."
  • "Acontece que a desconfiança é legítima. Anunciar e agir são duas coisas diferentes. (...) O pior ainda é a propaganda. Tudo está a ser feito de tal modo que torna evidentea intoxicação publicitária. (...) O Governo tem actualmente a seu serviço a mais poderosa máquina de propaganda e intoxicação jamais existente em Portugal."
  • "É possível que a propaganda irrite e suscite inveja da oposição. Mas o problema não é esse. O pior da propaganda reside, por um lado, na consideração que o Governo tem pelos seus concidadãos: mentalmente débeis. Por outro, naquilo que percebemos que é uma das qualidades dos governantes: a ignorância atrevida. Para não dizer autoritária."
  • "De qualquer modo, estou disposto a esperar pelos resultados e a conceder o benefício da dúvida..."
A propaganda é uma arma poderosíssima. Os movimentos extremistas baseavam a sua actuação em duas grandes armas: a violência e a propaganda. Com a propaganda procurava-se atrair não só as classes médias, como o operariado através de um conjunto de promessas e reformas.
Como diria Helena Matos, a comunicação social mais que um poder, "é um instrumento de poder e um instrumento entre poderes."

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