segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

Comemoração do Centenário de Miguel Torga

Viagem

Aparelhei o barco da ilusão
E reforcei a fé de marinheiro.
Era longe o meu sonho, e traiçoeiro
O mar.
(
Só nos é concedida
Esta vida
Que temos;
E é nela que é preciso
Procurar
O velho paraíso
Que perdemos
).

Prestes larguei a vela
E disse adeus ao cais, à paz tolhida.
Desmedida,
A revolta imensidão
Transforma dia a dia a embarcação
Numa errante e alada sepultura…
Mas corto as ondas sem desanimar.
Em qualquer aventura
O que importa é partir, não é chegar.

(Rubrica mensal)

5 comentários:

Sónia Monteiro disse...

Gostastessss? :)
Então porquê? Diz lá, caro João Manuel!

Anónimo disse...

Busquemos, então, o velho paraíso sempre com a alegre certeza de que os laços da nossa amizade saírão fortalecidos!
Que tenha início a nossa "Grande Obra"!
:)

Sónia Monteiro disse...

Já começou:)

Anónimo disse...

:)

Pedro Morgado disse...

Também gostei do poema.
Façamo-lo vida!