Sónia, Concerteza que se quisessem fazer um museu em homenagem ao líder de um eventual regime comunista que tivesse morto pessoas tu irias ser a primeira a manifestar-te contra.
Fosse um Museu que relatasse de forma isenta a história do Estado Novo e eu seria o primeiro a aplaudir... Com uma casa museu em honra ao ditador paga com o dinheiro dos contribuintes, não posso concordar.
Fosse eu demagógico como alguns foram durante a campanha do Referendo e sempre podia dizer: com tanta gente à espera de médico vamos gastar dinheiro num museu de propaganda a um ditador?
Estás equivocada, Sónia. Não sei quais são as tuas fontes, mas pelo que li será uma exposição de objectos pessoais de Salazar. Como tal, um museu dedicado ao pessoa não há exploração histórica do Estado Novo.
"O presidente da Câmara de Santa Comba Dão, João Lourenço, diz que a construção do museu é irreversível. "Essa ideia de que vamos promover os ideais do antigo regime é ridícula. O fascismo está morto e Salazar enterrado sob sete palmos de terra. Deixá-lo estar assim para sempre", ironiza o autarca, que prevê gastar aproximadamente cinco milhões de euros na construção da Casa/Museu e Centro de Estudos do Estado Novo na casa e na quinta de António Oliveira Salazar, no Vimieiro." (JORNAL DE NOTÍCIAS) http://jn.sapo.pt/2007/02/16/centro/movimento_nacional_quer_travar_const.html
(1) "A autarquia quer criar um Centro de Estudos do Estado Novo (evitando a simples designação Museu Salazar) nas casas semiarruinadas onde nasceu e viveu o ditador..."
(2) "No sítio onde o ditador cultivava as suas raízes rurais (...) pode reconstituir-se o quarto onde ele terá nascido, (...) realçar as palmeiras que lhe ofereceram a simbolizar cada uma das antigas colónias ou o banco de pedra onde ele gostava de ouvir o barulho da água a correr. No fundo, podia perceber-se como é que o homem que mandava num vasto império, que nunca visitou, apreciava era o seu quintal e a sua adega - essa imagem idílica do Portugal pequenino."
(3) "Fernando Rosas, um dos historiadores que se têm dedicado a estudar o Estado Novo (...) Não tem qualquer objecção de princípio "à criação de um espaço de reflexão histórica, equilibrada e rigorosa, sobre o Estado Novo, enquadrando o ditador na sua época e explicando o que ele fez, numa visão integrada da natureza do regime e abordando as oposições".
(4) "O historiador António Costa Pinto também admite a hipótese de se criar um centro museológico, desde que associado a um centro de investigação universitário, de forma a que uma "reprodução fiel do ambiente da casa" tenha a caução científica externa, a exemplo do que sucede com a Villa Torlonia, nos arredores de Roma, onde viveu Mussolini. E ambos apontam o Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX da Universidade de Coimbra (CEIS 20), dirigido por Luís Reis Torgal, como um dos interlocutores válidos."
(2) "No sítio onde o ditador cultivava as suas raízes rurais (...) pode reconstituir-se o quarto onde ele terá nascido, (...) realçar as palmeiras que lhe ofereceram a simbolizar cada uma das antigas colónias ou o banco de pedra onde ele gostava de ouvir o barulho da água a correr. No fundo, podia perceber-se como é que o homem que mandava num vasto império, que nunca visitou, apreciava era o seu quintal e a sua adega - essa imagem idílica do Portugal pequenino."
Sónia este parágrafo que tu própria aqui colocaste vem dar razão ao Morgado.
8 comentários:
Sónia,
Concerteza que se quisessem fazer um museu em homenagem ao líder de um eventual regime comunista que tivesse morto pessoas tu irias ser a primeira a manifestar-te contra.
Fosse um Museu que relatasse de forma isenta a história do Estado Novo e eu seria o primeiro a aplaudir... Com uma casa museu em honra ao ditador paga com o dinheiro dos contribuintes, não posso concordar.
Fosse eu demagógico como alguns foram durante a campanha do Referendo e sempre podia dizer: com tanta gente à espera de médico vamos gastar dinheiro num museu de propaganda a um ditador?
Caro Pedro,
Trata-se de um Museu e não de um santuário..
Trata-se de Museu que pretende fazer recordar o que foi o Estado Novo e quem foi Salazar...
Estás equivocada, Sónia. Não sei quais são as tuas fontes, mas pelo que li será uma exposição de objectos pessoais de Salazar. Como tal, um museu dedicado ao pessoa não há exploração histórica do Estado Novo.
"O presidente da Câmara de Santa Comba Dão, João Lourenço, diz que a construção do museu é irreversível. "Essa ideia de que vamos promover os ideais do antigo regime é ridícula. O fascismo está morto e Salazar enterrado sob sete palmos de terra. Deixá-lo estar assim para sempre", ironiza o autarca, que prevê gastar aproximadamente cinco milhões de euros na construção da Casa/Museu e Centro de Estudos do Estado Novo na casa e na quinta de António Oliveira Salazar, no Vimieiro."
(JORNAL DE NOTÍCIAS)
http://jn.sapo.pt/2007/02/16/centro/movimento_nacional_quer_travar_const.html
«Então para que serve o estojo da barba, o carro e outros objectos pessoais? Se isto não é personificar Salazar, o que é então?»
http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?div_id=&id=774543
(1)
"A autarquia quer criar um Centro de Estudos do Estado Novo (evitando a simples designação Museu Salazar) nas casas semiarruinadas onde nasceu e viveu o ditador..."
(2)
"No sítio onde o ditador cultivava as suas raízes rurais (...) pode reconstituir-se o quarto onde ele terá nascido, (...) realçar as palmeiras que lhe ofereceram a simbolizar cada uma das antigas colónias ou o banco de pedra onde ele gostava de ouvir o barulho da água a correr. No fundo, podia perceber-se como é que o homem que mandava num vasto império, que nunca visitou, apreciava era o seu quintal e a sua adega - essa imagem idílica do Portugal pequenino."
(3)
"Fernando Rosas, um dos historiadores que se têm dedicado a estudar o Estado Novo (...) Não tem qualquer objecção de princípio "à criação de um espaço de reflexão histórica, equilibrada e rigorosa, sobre o Estado Novo, enquadrando o ditador na sua época e explicando o que ele fez, numa visão integrada da natureza do regime e abordando as oposições".
(4)
"O historiador António Costa Pinto também admite a hipótese de se criar um centro museológico, desde que associado a um centro de investigação universitário, de forma a que uma "reprodução fiel do ambiente da casa" tenha a caução científica externa, a exemplo do que sucede com a Villa Torlonia, nos arredores de Roma, onde viveu Mussolini. E ambos apontam o Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX da Universidade de Coimbra (CEIS 20), dirigido por Luís Reis Torgal, como um dos interlocutores válidos."
Diário de Notícias, 3 Março 2007
(2)
"No sítio onde o ditador cultivava as suas raízes rurais (...) pode reconstituir-se o quarto onde ele terá nascido, (...) realçar as palmeiras que lhe ofereceram a simbolizar cada uma das antigas colónias ou o banco de pedra onde ele gostava de ouvir o barulho da água a correr. No fundo, podia perceber-se como é que o homem que mandava num vasto império, que nunca visitou, apreciava era o seu quintal e a sua adega - essa imagem idílica do Portugal pequenino."
Sónia este parágrafo que tu própria aqui colocaste vem dar razão ao Morgado.
O Monstro Salazar também era um homem ... havia de ter os seus momentos!
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