Não acho que tenha sido tão derrotado quanto isso (8 nomeações, 3 óscares), tendo em conta os óscares que "perdeu", e para quem os perdeu (aí, claramente o Crash e o Capote foram mais vencedores do que o Brokeback Mountain perdedor). Até porque o Munique (5 nomeações, 0 óscares) e o Good Night and Good Luck (6 nomeações, 0 óscares) foram muito mais derrotados.
E digo-te mais, Sónia, ao que tenho ouvido e de quem tenho ouvido, só me falta ir ver o filme para me certificar de que é mais um caso em que o mediatismo estraga a obra. Tal como (segundo a crítica, também, não é uma opinião pessoal) o nomeado e favorito para Melhor Filme Estrangeiro Paradise Now saiu prejudicado pelo mediatismo e polémica que gerou, por ser um filme palestiniano. Ou seja, da "Palestina(?)" ou "from the Palestinian Territories", traduzindo o que disse Will Smith quando o apresentou.
Uma nota de repúdio para o vencedor na categoria Melhor Canção, "It's hard out here for a pimp"... Faz-me ter orgulho no Zé Cabra. O que é muito, muito mau.
Ah... e sei que a frase postada não é da tua autoria, mas também diz muito do que eu referi no comentário anterior. Sinceramente, os prémios que este filme conseguiu (e que o tornaram tão mediático, ou seja, anteriores às discussões que gerou) têm para mim maior valor do que um óscar para melhor filme. Acho que a Academia não é isenta nas escolhas que faz. Nem nunca o foi.
Ainda bem que foi um dos grandes derrotados não foi Sónia? Já viste o que era ganhar um filme que desmistifica o mito do cowboy durão que passa o dia a dar porrada, a brincar ao tiro ao alvo e a ser um dos maiores fomentadores do negócio da prostituição no velho oeste? Olha que isso a mim choca-me. Não sei o que seria de mim se tal mito fosse desmontado dessa maneira, acho que não conseguiria dormir durante vários dias com esse tormento a moer-me o juízo!! Já viste também o que era ganhar um filme que demonstra o que se passa em muitos pontos do mundo? Duas pessoas do mesmo sexo decidirem partilhar uma vida a dois? Se calhar, se ganhasse um filme destes haveria um boom de homens e mulheres que decidiriam contrariar os seus sentimentos heterossexuais, passarem a relacionar-se intimamente com especimens do mesmo sexo... E a confusão que isto iria causar às criancinhas já viste? Já não sabiam se quando fossem mais velhos e as partes baixas se começassem a manifestar iriam frequentar casas de alterne, dar porrada às respectivas esposas, emborrachar-se e armar confusão na terreola ou, por outro lado, terem comportamentos homossexuais como o sr. cowboy Heath Ledger... Negro futuro se avizinharia para a continuação da espécie humana se um filme tivesse o poder de moldar as mentes a esse ponto!!
Era a isto que me referia quanto ao mediatismo estragar a obra. Falo tanto do mediatismo pró-obra e anti-obra. Caramba... perdeu porque o Crash é um grande filme. Ganharia se fosse melhor, ou se o Crash não fosse tão bom. Ou se parassem com este tipo de conversa.
O filme vale pela obra que é, porra! O post refere vencedores e vencidos numa cerimónia que premeia obras cinematográficas, e não discussões morais! Cada macaco no seu galho...
Caro eins; O meu comment teve aquele teor por discussões anteriores ao post. E claro que concordo contigo ao dizeres que se perdeu, perdeu porque o Crash é um grande filme. A Academia é que sabe. Eu de cinema só sei sentar-me na sala e ver o filme...
Não foi acerca das razões do teu comentário anterior que falei. Mas deves concerteza concordar que a maioria do mediatismo à volta do filme acontece porque se discutem problemáticas limítrofes ao mesmo. Ainda que o filme as aborde, levantou discussões sócio-políticas e religiosas sobre as mesmas, e que deviam ter-se demarcado da obra em si, porque só a prejudicaram. Até porque são problemáticas discutidas há muito tempo.
Escreva-se um post sobre as mesmas problemáticas, e discuta-se. Terei todo o gosto em participar, também.
Já se escreveu um post sobre este assunto... Mas, caro Eins, desafio-o, se o quiser, a enviar-me um outro que, de certeza, publicarei neste blog. Concordo, sobretudo com o que escreveste nos teus últimos dois comentários e não vale a pena negar que este filme gerou polémica devido às questões sociais que abordou e concordo, também,que "deviam ter-se demarcado da obra em si"! Todavia, tal é, por vezes, complicado e nem todos somos capazes. E reconheço que para é mim também é difícil! No entanto, tentarei ver todos os filmes premiados, para depois poder comentar com maior clarievidência. Já agora,Philip Seymour Hoffman mereceu reconhecidamente o óscar... está genial na interpretação de Truman! Capote!
11 comentários:
Não acho que tenha sido tão derrotado quanto isso (8 nomeações, 3 óscares), tendo em conta os óscares que "perdeu", e para quem os perdeu (aí, claramente o Crash e o Capote foram mais vencedores do que o Brokeback Mountain perdedor). Até porque o Munique (5 nomeações, 0 óscares) e o Good Night and Good Luck (6 nomeações, 0 óscares) foram muito mais derrotados.
E digo-te mais, Sónia, ao que tenho ouvido e de quem tenho ouvido, só me falta ir ver o filme para me certificar de que é mais um caso em que o mediatismo estraga a obra. Tal como (segundo a crítica, também, não é uma opinião pessoal) o nomeado e favorito para Melhor Filme Estrangeiro Paradise Now saiu prejudicado pelo mediatismo e polémica que gerou, por ser um filme palestiniano. Ou seja, da "Palestina(?)" ou "from the Palestinian Territories", traduzindo o que disse Will Smith quando o apresentou.
Uma nota de repúdio para o vencedor na categoria Melhor Canção, "It's hard out here for a pimp"... Faz-me ter orgulho no Zé Cabra. O que é muito, muito mau.
Ah... e sei que a frase postada não é da tua autoria, mas também diz muito do que eu referi no comentário anterior. Sinceramente, os prémios que este filme conseguiu (e que o tornaram tão mediático, ou seja, anteriores às discussões que gerou) têm para mim maior valor do que um óscar para melhor filme. Acho que a Academia não é isenta nas escolhas que faz. Nem nunca o foi.
Ainda bem que foi um dos grandes derrotados não foi Sónia? Já viste o que era ganhar um filme que desmistifica o mito do cowboy durão que passa o dia a dar porrada, a brincar ao tiro ao alvo e a ser um dos maiores fomentadores do negócio da prostituição no velho oeste? Olha que isso a mim choca-me. Não sei o que seria de mim se tal mito fosse desmontado dessa maneira, acho que não conseguiria dormir durante vários dias com esse tormento a moer-me o juízo!! Já viste também o que era ganhar um filme que demonstra o que se passa em muitos pontos do mundo? Duas pessoas do mesmo sexo decidirem partilhar uma vida a dois? Se calhar, se ganhasse um filme destes haveria um boom de homens e mulheres que decidiriam contrariar os seus sentimentos heterossexuais, passarem a relacionar-se intimamente com especimens do mesmo sexo... E a confusão que isto iria causar às criancinhas já viste? Já não sabiam se quando fossem mais velhos e as partes baixas se começassem a manifestar iriam frequentar casas de alterne, dar porrada às respectivas esposas, emborrachar-se e armar confusão na terreola ou, por outro lado, terem comportamentos homossexuais como o sr. cowboy Heath Ledger... Negro futuro se avizinharia para a continuação da espécie humana se um filme tivesse o poder de moldar as mentes a esse ponto!!
Era a isto que me referia quanto ao mediatismo estragar a obra. Falo tanto do mediatismo pró-obra e anti-obra. Caramba... perdeu porque o Crash é um grande filme. Ganharia se fosse melhor, ou se o Crash não fosse tão bom. Ou se parassem com este tipo de conversa.
O filme vale pela obra que é, porra! O post refere vencedores e vencidos numa cerimónia que premeia obras cinematográficas, e não discussões morais! Cada macaco no seu galho...
Queridos, parem lá com isto... e passem lá por casa... vamos todos brincar aos cowboys. ;)
Tive pena que o Brokeback Mountain, ou "Partiu as costas na Montanha", não ganhasse. Queria ver os fofos juntos lá no palco... são tão giros... ;)
Caro eins;
O meu comment teve aquele teor por discussões anteriores ao post. E claro que concordo contigo ao dizeres que se perdeu, perdeu porque o Crash é um grande filme. A Academia é que sabe. Eu de cinema só sei sentar-me na sala e ver o filme...
Caro de la serna,
Não foi acerca das razões do teu comentário anterior que falei. Mas deves concerteza concordar que a maioria do mediatismo à volta do filme acontece porque se discutem problemáticas limítrofes ao mesmo. Ainda que o filme as aborde, levantou discussões sócio-políticas e religiosas sobre as mesmas, e que deviam ter-se demarcado da obra em si, porque só a prejudicaram. Até porque são problemáticas discutidas há muito tempo.
Escreva-se um post sobre as mesmas problemáticas, e discuta-se. Terei todo o gosto em participar, também.
Cumprimentos.
Já se escreveu um post sobre este assunto... Mas, caro Eins, desafio-o, se o quiser, a enviar-me um outro que, de certeza, publicarei neste blog. Concordo, sobretudo com o que escreveste nos teus últimos dois comentários e não vale a pena negar que este filme gerou polémica devido às questões sociais que abordou e concordo, também,que "deviam ter-se demarcado da obra em si"! Todavia, tal é, por vezes, complicado e nem todos somos capazes. E reconheço que para é mim também é difícil! No entanto, tentarei ver todos os filmes premiados, para depois poder comentar com maior clarievidência. Já agora,Philip Seymour Hoffman mereceu reconhecidamente o óscar... está genial na interpretação de Truman! Capote!
Concordo com o óscar para o Seymour. Aliás, o filme valeu pela sua interpretação e (muito) pouco mais, na minha opinião.
Tão riquinho aquele Capote! Só podia ser dos meus... Viva o lobby gay!!
Enviar um comentário