domingo, 5 de março de 2006

[Uma mensagem…]

“A ansiedade estanca o prazer de viver, fomenta a irritabilidade, estimula a angústia e gera um universo de doenças psicossomáticas…
Governamos o mundo exterior, mas temos uma enorme dificuldade em gerir o nosso mundo interno, o dos pensamentos e das emoções. Somos subjugados por necessidades que nunca foram prioritárias, subjugados pelas paranóias do mundo moderno: do consumismo, da estética, da segurança. Assim, a vida humana, que deveria ser um espectáculo de prazer, torna-se um espectáculo de terror, de medo, de ansiedade…”
Augusto Cury
Em tempo de Quaresma, que significa (para nós que acreditamos) muito mais que não comer carne (ver aqui e aqui), há um convite dirigido a cada um de nós…
À semelhança de Cristo que, durante 40 dias se refugiou no deserto para se encontrar e afastar as tentações do seu caminho, também nós somos convidados, neste tempo privilegiado, a fazer uma peregrinação interior em busca do eu verdadeiro e em direcção a Jesus! Procura-se que, neste período, o homem se possa conhecer melhor e reflectir sobre o percurso e rumo da sua vida, uma vez que dada a azáfama em que vive dia após dia, dadas as ansiedades e as superficialidades com que se debruça, o corpo envelhece muito mais rapidamente que a sua alma!
A Quaresma não é uma época tenebrosa, sombria ou triste, não é a «mortificação do indivíduo»! A Quaresma é tempo de alegria; é um tempo de encontro de nós mesmos; é um tempo de aproximação do espírito e de Deus; é um tempo de desprendimento das “necessidades que nunca foram prioritárias”, das “paranóias do mundo moderno”!

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